As vacinas COVID-19 são a nossa saída deste pesadelo pandêmico global e nos levar de volta ao trabalho, de volta à escola e de volta às nossas vidas – mas apenas se as vacinas estiverem acessíveis a todos, em qualquer lugar, o mais rápido possível. No entanto, não há fornecimento suficiente de vacinas para todas e todos em todo o mundo. Mesmo no país mais rico do mundo, os Estados Unidos, que financiou com bilhões em dinheiro público a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas, ainda há muita gente que não conseguiu ser vacinada. Pior: 9 em cada 10 pessoas que vivem nos países mais pobres do mundo não terão acesso a uma vacina este ano.
Enquanto houver um país ameaçado pela covid-19, o mundo não estará seguro. Para acabar com a pandemia, precisamos de uma Vacina para Todas e Todos. Uma vacina livre de patentes, produzida em massa e distribuída de forma justa, disponível gratuitamente para todos, ricos e pobres. Por isso fazemos parte da Aliança pela Vacina para Todos, uma coalizão de organizações e ativistas que luta para que a vacina contra a covid-19 esteja disponível para todas e todos.
Uma das grandes vitórias da campanha foi obtida em 5 de maio de 2021, quando o governo americano anunciou seu apoio ao licenciamento compulsório dos direitos de propriedade intelectual das vacinas contra a covid-19, “um passo essencial para aumentar a produção de vacinas e para a imunização global”. No Brasil, o Senado aprovou no final de abril de 2021 projeto de lei que autoriza o governo brasileiro a decretar a licença compulsória temporária de vacinas contra a covid-19, para acelerar o processo de imunização no país.
Vacina para Todas e Todos tem que ser:
A pesquisa para desenvolver as vacinas conta com dinheiro público, então nada mais justo que as vacinas sejam consideradas bens públicos.
As pessoas que são mais impactadas pela covid-19 – principalmente a população negra, trabalhadores de serviços essenciais como os de saúde e os mais pobres – devem obter proteção antes dos ricos e bem relacionados.
A vacina tem que ser disponível para todas e todos, em todos os países, independentemente de quanto dinheiro eles tenham ou onde vivam. Nenhuma empresa ou país deve ter o controle monopolista de um medicamento que salva vidas de que todos precisamos.