Conte um pouco sobre sua história.
Nasci e cresci em Diadema, São Paulo. Sou artista visual, pesquisador e músico experimental, com formação acadêmica em Design e Fotografia. Meu trabalho dialoga com o dever compulsório de exprimir minha relação com a vida e a cultura de meu povo. Em minhas obras, além de me reconhecer, busco a representação plural e digna da mulher e do homem negros periféricos, tornando-os protagonistas em minha arte.
Como você vê as desigualdades brasileiras?
O desinteresse em fazer uma boa distribuição de renda para que o povo pobre tenha melhor acesso à educação de qualidade, aos serviços básicos de saúde, transporte, saneamento básico, além da perseguição contra a produção da cultura periférica, é mais um plano do genocídio.
Fale sobre sua obra que está no calendário Oxfam Brasil 2022.
Ser oriundo da periferia é crescer, conviver e naturalizar experiências complexas. Existir e estar vivo nesse espaço significa coexistir junto a simbologias, signos, caminhos e histórias. Qual a fronteira do território que deságua na lógica simplista entre bem e mal?