O Conselho Federal de Economia realizou nesta quarta-feira (08) uma oficina de trabalho para discutir a Campanha Nacional pela Redução da Desigualdade Social no Brasil. Estiveram presentes cerca de 20 instituições entre representações de economistas, conselhos profissionais, centrais sindicais, ONGs e outras entidades da sociedade civil. O encontro ocorreu na sede do Cofecon, em Brasília, e os trabalhos foram coordenados pelo Conselho e pela Oxfam.
A discussão tratou de objetivos da campanha e estratégias de trabalho. Foram apresentados rapidamente os seis eixos da campanha, com uma especial concentração no primeiro deles: a mudança do modelo tributário brasileiro, com muita incidência sobre a produção e o consumo e pouca incidência sobre a renda e a riqueza. Representantes de várias instituições se referiram ao modelo como uma das principais causas da desigualdade no Brasil.
Várias das entidades têm sua própria agenda e suas próprias mobilizações e objetivos. “Esta campanha não pretende competir com outras iniciativas já existentes, mas somar-se a elas”, afirmou o presidente do Cofecon, Júlio Miragaya. “A questão tributária é aquela que mais nos aproxima dos objetivos”.
Cada representante levará às suas instituições o que foi debatido, a fim de realizar propostas concretas, com duração, público-alvo, meios e formatos. Um grupo operativo foi formado pelo Cofecon, Fenecon e Oxfam. Um novo encontro acontecerá no dia 10 de março para planejar uma mobilização no Congresso Nacional para o mesmo mês.
A oficina de trabalho contou com a presença das seguintes organizações: Conselho Federal de Economia, Oxfam, Federação Nacional dos Economistas, Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Federal de Serviço Social, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cáritas Brasileira, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Auditoria Cidadã da Dívida, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Federação Nacional dos Sindicatos dos Servidores dos Órgãos Públicos Federais de Fiscalização, Investigação, Regulação e Controle (Fenafirc), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Paraná (Fetiep) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI/PR).
*Publicado por Cofecon