A parlamentar Jo Cox, de 41 anos, foi morta nesta quinta-feira, no Reino Unido. Ainda sem motivação aparente, ela foi alvejada por tiros e facadas na rua, perto da biblioteca onde costumava realizar encontros com cidadãos locais, segundo a polícia. Ela chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu aos ferimentos. Um suspeito de 52 anos foi detido, e “diversas armas” foram apreendidas na cena do crime, segundo as autoridades. Cox foi colaboradora da Oxfam Internacional e da Oxfam Grã Bretanha entre os anos de 2001 e 2009.
Jo Cox esteve à frente da campanha global Comércio com Justiça desde as primeiras ações. Sua atuação também foi de grande importância nas questões humanitárias na África, em especial na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul. Seu compromisso com a garantia dos direitos humanos a levou ao posto de chefe de campanhas humanitárias da Oxfam Internacional em Nova Iorque em 2007, onde permaneceu por dois anos.
Max Lawson, diretor de políticas e campanhas da Oxfam Internacional, lamentou o assassinato de Cox. “Ela era uma bola de energia, sempre sorrindo, cheia de ideias novas, de idealismo, de paixão. Ela contribuiu muito com a Oxfam. Ela foi uma líder inspiradora, conseguindo tirar o que de melhor havia em nós, sempre positiva, sempre acreditando que poderíamos vencer, sempre apaixonada por mudanças. Ela era particularmente brilhante ao trazer sua imensa energia para nossas campanhas sobre a desesperadora crise humanitária em Darfur”.
Cox conheceu seu marido, Brendan, trabalhando na Oxfam.
O diretor executivo de Oxfam Grã-Bretanha, Mark Goldring, afirmou que “a Oxfam sente orgulho do papel que Jo assumiu em nosso trabalho por mais de uma década. Muitos de nossos colegas lembram dela com afeto. Os demais, seguem seu trabalho com muita admiração. Ela nunca perdeu a paixão por paz, justiça e igualdade. Todos estamos profundamente chocados com a notícia de sua morte. Nossos pensamentos e nossos sentimentos estão com Brendan e com os familiares de Jo nesse momento tão difícil”