Nossa festa de aniversário de 9 anos não poderia ter sido melhor. Convidamos doadores e apoiadores da Oxfam Brasil para uma conversa online com integrantes da equipe na última segunda-feira (7/8), para promover uma maior integração entre a organização e as pessoas que viabilizam o seu trabalho.
“Essa nossa luta é grande e só faz sentido quando há pessoas interagindo com essa mesma luta, como vocês que estão aqui”, afirmou Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, apresentando algumas das principais conquistas da organização desde o início de sua atuação no país em 2015. “Temos muito orgulho desse trabalho, e do apoio de vocês, que nos permitiu chegar até aqui.”
História e trabalho
Katia contou a história da atuação da rede Oxfam no Brasil, que começou na década de 1960 com apoio a diversas organizações do país – na defesa da Amazônia, em solidariedade às pessoas impactadas por desastres naturais como enchentes em Pernambuco e também na redemocratização do país. Com a criação da Oxfam Brasil em 2014 – e início de suas operações em 2015 -, a agenda das desigualdades ganhou força no país, conectando essa agenda à situação brasileira, “sempre respeitando o trabalho de muitas organizações brasileiras que já estavam em campo por aqui”, lembrou Katia.
Inicialmente, a Oxfam Brasil dedicou-se à produção de análises dos dados das desigualdades do país, resultando em relatórios como a série Um Retrato das Desigualdades Brasileiras, iniciada em 2017, e a pesquisa Nós e as Desigualdades, em parceria com o Instituto Datafolha, para investigar a percepção da sociedade brasileira sobre o tema. Nas análises, enfatizou Katia, sempre houve o cuidado de dar destaque às questões de raça e gênero. “Isso não é de menor importância, não podemos falar sobre as questões econômicas e sociais do país sem trazer essas questões, porque elas fazem parte da formação das desigualdades em nosso país.”
Katia falou ainda sobre o trabalho da Oxfam Brasil com as juventudes que estão nos territórios periféricos das grandes cidades brasileiras, como elas são excluídas de seus direitos, e como, novamente, as questões de raça e gênero estão cada vez mais presentes nos projetos e campanhas da organização. Tudo feito sempre em parceria com outras organizações, “porque os desafios são grandes e nenhuma organização consegue fazer um trabalho adequado sozinha”, destacou a diretora executiva.
Sugestões de engajamento
Na segunda parte do encontro, os convidados falaram sobre como conheceram a Oxfam Brasil, como percebem o trabalho desenvolvido e deram sugestões de como fazer esse trabalho chegar a mais pessoas interessada no tema das desigualdades. Os participantes elogiaram a forma simples e didática com que a organização transmite as informações, mesmo as mais complexas, como a questão tributária. Parabenizaram também a forma com que a Oxfam Brasil desenvolve seus temas em parceria com outras organizações e ressaltaram ainda a importância de se ter espaço para a interação com a equipe da Oxfam Brasil como forma de aproximar mais as pessoas que contribuem para o trabalho realizado.
Alguns dos presentes fizeram sugestões importantes para ampliar o alcance das ações da organização, permitindo assim que ela fortaleça ainda mais a sua base de apoiadores. E também afirmaram estar dispostos a aumentar seu engajamento no trabalho realizado, para que mais e mais pessoas conheçam a realidade do país e a importância do trabalho da Oxfam Brasil para tornar o país mais justo e menos desigual.