A última década no Brasil revelou o quanto a democracia é essencial para enfrentar as desigualdades. Em meio a crises políticas, econômicas e sociais, aprendemos que a construção de uma sociedade mais justa depende da promoção ativa de espaços de participação social e do fortalecimento de políticas públicas que combatam as raízes e não apenas os efeitos das disparidades econômicas, raciais e de gênero. Este relatório, analisa os nossos últimos dez anos e aponta caminhos para a próxima década, nos convidando a refletir sobre o papel central da democracia na construção de uma sociedade sem desigualdades.
Este relatório destaca que a promoção da democracia e participação social deve ir além do estímulo ao voto. É preciso garantir que todas as pessoas tenham voz ativa na formulação de políticas públicas. Isso requer um esforço conjunto para fortalecer conselhos, consultas e audiências públicas, criar condições para o exercício pleno da cidadania e garantir que lideranças sociais sejam reconhecidas, valorizadas e defendidas como parte integrante da construção de um Brasil mais justo e igualitário.
Alguns dos principais dados do relatório
14,7 milhões de pessoas saíram da fome extrema em 2023.
Antes do impeachment de Dilma Rousseff, o Índice de Gini estava em 0,504, o menor patamar da década
Desigualdade racial persiste: homens brancos detêm mais de 20% da renda nacional, enquanto mulheres negras ficam com apenas 4%
O Índice de Gini atingiu seu maior pico em 2020 (0,541), reflexo da pandemia de Covid-19 e da ausência de políticas coordenadas