Gustavo Ferroni - Coordenador de Setor Privado e Direitos Humanos
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Em busca de mais e melhores boas práticas no campo
14/10/2019Sobre o autor:
Gustavo Ferroni - Coordenador de Setor Privado e Direitos Humanos
Como aponta o informe “Frutas Doces, Vidas Amargas” lançado pela Oxfam Brasil no último dia 10 de outubro, a fruticultura do nordeste não está entre os piores setores do agronegócio brasileiro. Pelo contrário, está entre os melhores. A alta presença de certificações é um dos pontos positivos do setor.
Encontramos práticas voluntárias interessantes implementadas por produtores tanto no Rio Grande do Norte quanto no Vale do São Francisco. Quanto maior o número de produtores que implementarem tais práticas, melhor será a vida do trabalhador rural da fruticultura. E há espaço para avançar.
Além destas práticas, cabe destacar a Convenção Coletiva de Trabalho do Vale do São Francisco. A convenção traz, por exemplo, dispositivos interessantes incluindo restrições ao uso de trabalhadores safristas, considerações para trabalhadoras mães e proteções com relação ao potencial e contaminação (leia mais no capítulo 4 “Boas práticas que vem do campo”, página 39).
Ainda assim, por meio de nossa pesquisa, foi possível identificar problemas estruturais que afetam a qualidade de vida dos trabalhadores, em especial os safristas, e a remuneração que estaria bem abaixo do que seria um salário minimamente digno de acordo com os padrões sugeridos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Questões estruturais não são de simples solução. Exatamente por isso é importante identificá-las e trazer o envolvimento de outras empresas da cadeia produtiva, como os supermercados e empresas de alimentos e bebidas que compram da região.
Em nossa viagem de campo ao Rio Grande do Norte e Vale do rio São Francisco, identificamos várias boas práticas que melhoram as condições de trabalho no campo. É o que contamos nesta matéria, da jornalista Poliana Dallabrida. Confira.
Desigualdade no campo
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