O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 ao promover a redução da desnutrição no país e implementar uma série de políticas públicas. Assim, foi possível combater as desigualdades e acabar com a miséria absoluta.
Entretanto, o Brasil vem sofrendo retrocessos significativos nos últimos anos que podem por a perder todo o esforço feito para termos um país mais justo e solidário, afirmam Katia Maia (Oxfam Brasil) e Iara Pietricovsky (Inesc) em artigo publicado no jornal Correio Braziliense.
Entre as políticas públicas que contribuíram para reduzir as desigualdades no Brasil estavam o aumento real do salário mínimo, a expansão do crédito subsidiado para fortalecimento da agricultura familiar e a criação do Bolsa Família.
“Contudo, verificou-se que eram frágeis os alicerces que sustentavam esse período de inclusão e redistribuição. As desigualdades abissais e estruturais que perpassam a sociedade brasileira e que não foram eliminadas se fizeram presentes. Em 2014, ao entrar em profunda recessão econômica, o país inicia a implementação de medidas de austeridade, priorizando o corte de gastos sociais.”
Inclusão de mulheres, negros, indígenas e quilombolas
Algumas medidas de inclusão de parcelas da população historicamente penalizadas pela negligencia dos governos foram importantes nesse processo. Elas incluíam, por exemplo, uma atenção maior nos programas do governo para mulheres, negros, indígenas e quilombolas.
Assim, foram criados programas educacionais para facilitar o acesso de pessoas de baixa renda, negros e indígenas ao ensino superior. Além disso, foram fortalecidos os mecanismos de participação popular para aproximar cidadãos e gestores públicos.
Com isso, foi possível envolver mais a população na elaboração de estratégias para acabar com miséria e combater as desigualdades.
Leia aqui a íntegra do artigo publicado no Correio Braziliense.