A crise provocada pela pandemia de coronavírus reabre debate, no Brasil e no mundo, sobre a necessidade de criar uma renda básica cidadã. Reportagem do jornal O Globo, publicada neste domingo (5/4), traz a posição de diversos especialistas e organizações em relação ao tema. Entre os entrevistados está Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
Katia lembra que a discussão já vinha acontecendo antes da pandemia e que, agora, o assunto ganhou importância e urgência. “Sem renda, as pessoas não conseguem se reinserir na economia”, afirma.
Portanto, a renda básica cidadã é uma necessidade para impedir que milhões de brasileiros caiam na pobreza. Economistas como Joseph Stiglitz e Thomas Piketty defendem a adoção da renda básica para reduzir desigualdades e ajudar os desempregados, entre outros benefícios.
“Assim que virmos o que está acontecendo com os mais vulneráveis, vai ficar claro que não há opção depois dessa crise”, diz Katia Maia. A Oxfam Brasil promoveu uma ‘live’ em seu canal no Youtube para discutir o tema da renda básica. Participaram a economista Mônica de Bolle e o ativista do movimento negro Douglas Belchior.
Renda básica tem que ser ampla
O Congresso aprovou – e o governo sancionou – um auxílio emergencial de R$ 600, por três meses, para cerca de 54 milhões de trabalhadores que perderam renda ou estão desempregados. No entanto, essa ajuda – ainda que bem-vinda – ainda não é suficiente. A Oxfam Brasil defende que essa ajuda seja mais ampla e por mais tempo e critica o governo pela falta de agilidade e eficiência em proteger trabalhadores e os mais vulneráveis da crise.
Um novo relatório da Oxfam indica ainda que a crise do coronavírus vai empurrar meio bilhão de pessoas para a pobreza nos próximos anos. A crise do coronavírus reabre debate da renda básica e também da necessidade de o Estado investir em políticas de proteção social.
Leia aqui a íntegra da reportagem.