O ciclone Idai e as enchentes deixaram milhares de pessoas desabrigadas em Chimanimani, cerca de 600 quilômetros de Harare, no Zimbábue.
Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP/REX
SITUAÇÃO ATUAL
12 meses após o ciclone Idai, dezenas de milhares de pessoas em Moçambique, Zimbábue e o Maláui ainda estão lutando para reconstituir suas vidas. O caminho delas para a recuperação é bloqueado por um ciclo interminável de intensas de inundações, secas e tempestades, pobreza e desigualdade arraigadas, além da falta de apoio para ajudá-las seja a se adaptar às mudanças climáticas como para se prepararem para novos desastres.
Os efeitos dos ciclones foram ainda piores devido a uma crise climática da qual os povos do sudeste da África pouco têm culpa. As emissões de poluentes per capita de um cidadão norte-americano médio são 51 vezes mais altas que as de uma pessoa de Moçambique e 155 maiores que as de um cidadão de Maláui.
O ciclone com ventos de mais de 170 km/h e fortes chuvas deixou praticamente toda a cidade de Beira, em Moçambique, debaixo d´água, sem comunicação com o mundo externo. Os presidentes do Zimbábue, Malauí e Moçambique já declararam estado nacional de desastre. Para a ONU, este foi o maior desastre climático já registrado no hemisfério Sul.
A escala das enchentes na região é sem precedente na história. As águas dos rios, que subiram de maneira rápida, destruíram casas, hospitais, escolas e fazendas, além de estradas e pontes. Algumas comunidades só têm acesso por helicóptero ou barco.
Pessoas que fugiram das enchentes estão reunidas em abrigos provisórios sem água ou serviços de saneamento. Muitos não têm o que comer há dias. Há ainda quem esteja esperando resgate em regiões de alto risco, no alto de árvores ou montes. Saiba mais aqui.
NOSSA RESPOSTA
A Oxfam, com a apoio de seus parceiros, levantou mais de € 14 milhões para ajudar 788.168 pessoas em Moçambique, Maláui e Zimbábue – incluindo comunidades em áreas remotas e de difícil acesso.
Fornecemos assistência emergencial, que inclui:
“O impacto nas áreas afetadas foi devastador. Já estamos focando no trabalho que vai ajudar as pessoas a recuperarem seus meios de subsistência, prevenir surtos de doenças e proteger os desabrigados”, afirma Nellie Nyangwa, diretora da Oxfam para a região sudeste da África.