Mulheres indígenas, quilombolas, extrativistas e representantes de outras comunidades tradicionais estão intimamente ligadas à preservação ambiental e proteção dos territórios onde vivem milhões de pessoas, e esse cuidado especial é fundamental para a manutenção não apenas da floresta mas também da própria existência dessas comunidades.
Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense (26/7), Bárbara Barboza (coordenadora da área de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil), Érica Monteiro (coordenadora nacional da Conaq – Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos), Dona Nice (secretária de Mulheres do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS) e Maria Alaides (coordenadora nacional do Movimento Interestadual de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB) afirmam que há uma forte luta feminista por trás do desenvolvimento ambiental sustentável na região em que atuam, e lembram que apesar de o direito coletivo à terra ser reconhecido, a governança é predominantemente masculina.
“Quando governos ou empresas envolvem as comunidades para discutir potenciais impactos, as negociações tendem a excluir o público feminino. Ora, temos um papel fundamental sobre o uso dos recursos naturais disponíveis. As florestas, as nascentes, a fauna e os cultivos não são meros insumos ou commodities nas nossas mãos guardiãs. Estamos na linha de frente da preservação ambiental e dos direitos humanos nessas localidades. Mas nosso trabalho é pouco reconhecido“, diz um trecho do artigo, publicado como parte do lançamento da campanha Tem Floresta em Pé, Tem Mulher.
A campanha, organizada pela Oxfam Brasil em parceria com a Conaq, CNS e MIQCB, prevê ações digitais para dar maior visibilidade ao trabalho das mulheres na proteção do meio ambiente, na luta por justiça climática e de gênero, e os direitos das comunidades tradicionais.
Leia aqui a íntegra do artigo.