A diferença de renda entre os mais ricos e mais pobres do Brasil voltou a aumentar nos últimos cinco anos, devido à recessão econômica de 2015 e 2016. Essa imensa desigualdade afeta o desenvolvimento do país e traz grandes consequências para milhões de brasileiros
Para discutir o assunto, o jornal Correio Braziliense fez uma ampla reportagem, publicada nesta segunda-feira. Entre os entrevistados pelo jornal de Brasília está Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
Katia afirmou não ver sinais de uma postura mais voltada para a inclusão social no Brasil a curto prazo.
“Estamos em um momento em que todas essas políticas [que ajudaram a diminuir a desigualdade no Brasil] estão andando para trás”, ponderou Katia.
Combate ao racismo
A agenda social vai ganhar corpo no Congresso este ano e uma das questões que merece atenção maior é o racismo estrutural que limita as oportunidades de milhões de brasileiros.
Por isso esse tem que ser o ponto de partida de qualquer debate político, afirma Katia Maia. “É importante que o Congresso coloque no centro um dos pilares da desigualdade, que é a questão do racismo.”
Segundo Katia, isso significa trazer o pensamento político de especialistas negros e, realmente, trazer para o debate essa maioria, para que pense as políticas e elabore as propostas que vão ser colocadas em debate social.
Só assim, acredita a diretora da Oxfam Brasil, será possível reduzir a desigualdade que afeta o desenvolvimento do país.
Leia um trecho da reportagem:
Depois de um breve período de inclusão social, a distância entre quem tem muito e quem não tem quase nada voltou a se aprofundar nos últimos cinco anos. Em pesquisa elaborada com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Getulio Vargas (FGV) Social constatou que, enquanto a população de baixa renda passou a ganhar ainda menos nesse período, os mais ricos melhoraram de vida.
Leia aqui a íntegra da reportagem do Correio Braziliense.