Os principais vencedores da cerimônia do Oscar de 2020 tiveram um ponto em comum, além das estatuetas que conquistaram: em seus roteiros, a desigualdade foi um tema de destaque. Assim, Parasita (Oscar de Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Filme Estrangeiro, Direção de Arte e Montagem), Coringa (Melhor Ator) e Indústria Americana (Melhor Documentário) “são testemunhos de que a urgência do debate público global sobre a desigualdade atingiu o status de discurso mainstream na principal indústria cultural do mundo”. É o que afirma Jefferson Nascimento, coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil em artigo publicado no jornal O Globo no último dia 24/2.
Além disso, outras produções participantes da cerimônia também colocaram o tema da desigualdade em debate no Oscar 2020. É o caso do filme francês Os Miseráveis e o macedônio Honeyland, dois concorrentes ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro.
As muitas faces da desigualdade no Oscar 2020
“Os filmes premiados no Oscar deste ano retratam as muitas faces das desigualdades e indicam uma consciência crescente para a importância do assunto. Este é um aspecto essencial para seu efetivo combate e solução.”
Enquanto o coreano Parasita retratava a desigualdade na Coreia do Sul, país mais desigual entre as nações desenvolvidas, os americanos Coringa e Indústria Americana mostravam, respectivamente, os impactos dos cortes nos orçamentos de saúde e educação para a população mais vulnerável, e como a retirada de direitos trabalhistas afetam as sociedades americana e chinesa.
Com isso, o Oscar 2020 mostrou ao mundo que o tema da desigualdade está mais atual do que nunca.
Leia aqui a íntegra do artigo publicado em O Globo.