O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e para enfrentar esse problema, é preciso ter em mente que os direitos sociais não são despesa, mas investimento no futuro do país.
Em artigo publicado no jornal O Globo, Katia Maia (diretora executiva da Oxfam Brasil) afirma ser “preocupante ver o governo federal se empenhar em aprovar um pacote chamado Plano Mais Brasil“. O argumento da sustentabilidade fiscal, diz Katia, atropela direitos sociais previstos na Constituição”.
Katia Maia lembra que o acesso a direitos básicos, como educação e saúde, ainda não é universal no Brasil. E ainda que o racismo e o sexismo, apesar de serem estruturantes das desigualdades no país, recebem “pouco ou quase nenhuma atenção nas discussões em torno do tema”.
Redução das desigualdades é prioridade
Assim, a iniciativa do Plano Mais Brasil evidencia que o governo Bolsonaro considera direitos sociais como “meros coadjuvantes nas planilhas financeiras”. Isso em nada contribui para o combate às desigualdades, que emperram o desenvolvimento sustentável do país. É preciso entender que direitos sociais não são despesa, mas investimento.
A redução das desigualdades brasileiras não pode estar sob grilhões financeiros. Temos uma dívida histórica e gigantesca com milhões de pessoas, que, entra ano e sai ano, vivem à espreita de dias melhores, de esperar a famosa divisão do bolo que cresce só para alguns, de torcer para que seus direitos caibam no Orçamento-Geral da União. Se a economia arrefece, quem mais sofre são milhões de pessoas de menor renda; se ela aquece, quem mais lucra são os poucos de sempre. Até quando?
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