Frequentemente é noticiada a descoberta de fazendas – de gado, soja, cana, maçã ou café – que desenvolviam suas lavouras ou criavam seus rebanhos em terras que foram desmatadas ilegalmente. Ou empresas que venderam alimentos ou produtos agrícolas feitos com trabalho escravo. Esses problemas persistem no campo brasileiro. Como as empresas podem avançar para eliminar esses impactos?
As cadeias de fornecimento de empresas como supermercados ou de grandes marcas de alimentos muitas vezes têm elos que dificultam seu rastreamento. Fica complicado saber de onde veio a carne, o café ou a soja. Essa falta de transparência das cadeias de fornecimento acaba colaborando para esconder violações de direitos humanos e degradação ambiental.
Algumas empresas têm adotado compromissos avançados para buscar acabar com essa situação.
Uma ação concreta, e que já demonstrou ser eficiente em países europeus como a Holanda, Alemanha e os do Reino Unido, é a divulgação de fornecedores diretos e indiretos.
Essa transparência nas cadeias produtivas colabora com os trabalhos de sindicatos, organizações da sociedade civil e autoridades do governo que fazem as fiscalizações para encontrar os compradores e quem colabora de forma direta e indireta com essas violações.
Nos últimos anos, a Oxfam vem trabalhando para que os grandes supermercados de diversos países do mundo (Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Tailândia e também Brasil) divulguem a lista de seus fornecedores diretos e indiretos em todos os elos da cadeia produtiva. Por meio da campanha Por Trás do Preço, a Oxfam contribui para dar maior transparência nas cadeias alimentares e termos uma redução das violações de direitos humanos e trabalhistas daqueles e daquelas que são as pessoas mais prejudicadas: os trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Queremos saber de onde nossa comida veio. E queremos uma comida livre de sofrimento humano.