Por que o Brasil é tão desigual? Quais são os fatores que fazem do Brasil um dos países que mais concentra riqueza no mundo? O que pode ser feito para reduzir as imensas desigualdades que travam o desenvolvimento do país e condenam milhões de pessoas à pobreza extrema?
A reportagem publicada nesta quinta-feira (20/2) no Ecoa, do UOL, para marcar o Dia Mundial da Justiça Social, dá algumas pistas, por meio de entrevistas com representantes de organizações que lidam com o tema. Uma das entrevistadas foi Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, que lembrou do passado escravagista do país. “O Brasil vem de uma construção escravocrata, onde algumas pessoas valiam mais que as outras. Isso se reflete até hoje.”
Além disso, outras questões importantes que explicam a extrema desigualdade brasileira, além do racismo estrutural, são as desigualdades de gênero e de renda, explica Katia Maia. “Ainda há uma visão de que a mulher é ‘menor’ que o homem. E essa definição é determinada pelo próprio homem.”
Por que a desigualdade persiste?
Se as desigualdades são tão evidentes e prejudiciais ao país e aos brasileiros, porque elas continuam a existir e se aprofundam? “Falta vontade política”, avalia Katia Maia, apontando a reforma tributária e ações efetivas contra o racismo e a questão de gênero como prioritárias. E com isso, o ciclo de pobreza se perpetua.
Katia lembra da responsabilidade do eleitor, que neste ano vai às urnas para eleger os prefeitos e vereadores em suas cidades. Para ela, além de escolher parlamentares que tenham em mente a criação e manutenção de políticas públicas que atuem pela diversidade e pela igualdade, a fiscalização e movimentação popular por meio de comunidades e associações podem ser eficazes para uma mudança.
Leia aqui a íntegra da reportagem Por que o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo.