A nossa economia está falida, com centenas de milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza, enquanto quem está no topo recebe enormes recompensas. O número de bilionários duplicou desde a crise financeira de 2007-08, mas os super-ricos e as grandes empresas estão pagando o menor nível de impostos em décadas.
Serviços privados fragmentados punem os pobres e privilegiam as elites, e as mulheres são as que mais sofrem, pois têm que compensar a falta de serviços públicos com muitas horas de trabalho de cuidado não remunerado. Precisamos transformar nossas economias para proporcionar saúde, educação e outros serviços públicos universais.
Uma taxa extra de apenas 0,5% sobre a riqueza dos bilionários que fazem parte do 1% mais rico do planeta arrecadaria mais do que o suficiente para educar as 262 milhões de crianças que estão fora da escola hoje no mundo, e também providenciar serviços de saúde que poderiam salvar a vida de mais de 3 milhões de pessoas.
O número de bilionários no mundo quase que dobrou desde a crise financeira de 2007-2008 – de 1.125 em 2008 para 2.208 em 2018.
Homens têm 50% mais do total de riqueza do mundo do que as mulheres.
Em países como o Brasil e o Reino Unido, os 10% mais pobres estão hoje pagando uma proporção maior de impostos do que os 10% mais ricos.
A fortuna dos bilionários do mundo aumentou 12% em 2018 (US$ 900 bilhões), ou US$ 2,5 bilhões por dia, enquanto a metade mais pobre do planeta (3,8 bilhões de pessoas) viu sua riqueza reduzida em 11%.
O Brasil tinha 42 bilionários em 2018, com riqueza total de US$ 176,4 bilhões.
Apenas 4 centavos de cada dólar de receita de impostos vêm de taxação sobre riqueza.
O 1% mais rico da América Latina e Caribe concentra 40% da riqueza da região (Fonte: Credit Suisse, 2018)