Conte um pouco sobre sua história.
Sou natural de Recife e atualmente moro em Olinda. Desenho desde criança, mas foi na adolescência que decidi levar isso como profissão. Hoje sou artista visual e trabalho com ilustrações e murais, e venho me dedicando especialmente à técnica de pintura com terra (geotinta) para meus trabalhos analógicos.
Como você vê as desigualdades brasileiras?
As desigualdades brasileiras são fruto da colonização, que se enraizou em nossa cultura a ponto de prejudicar a vida de pessoas pobres, negres, indígenas e mulheres, de uma forma que muitas pessoas enxergam como “natural” essas injustiças. Acredito que tornar nossa cultura igualitária passa necessariamente por uma descolonização das nossas mentes, hábitos, escolhas diárias e forma de enxergar o mundo.
Fale um pouco sobre o seu desenho no calendário Oxfam Brasil 2021.
O desenho fala sobre uma retomada de poder popular vindas a partir de uma onda feminista interseccional.