Às vésperas do marco de seis meses de uma das maiores crises sanitárias do mundo, nosso relatório destaca como o atual modelo econômico tem priorizado o lucro dos mais ricos sobre a vida dos mais pobres. Enquanto milhões perdem empregos, renda e dignidade, alguns poucos super-ricos ficam ainda mais ricos na pandemia.
As grandes corporações do mundo estão priorizando lucros em detrimento da segurança dos trabalhadores e do enfrentamento ao coronavírus.
As grandes empresas cortaram custos e empregos, usaram toda sua influência política para moldar, em benefício próprio, as ações de governo para conter a crise e não reduziram riscos de contaminação em suas cadeiras de fornecimento. Resultado: milhões de pessoas estão sendo empurradas para a pobreza, enquanto alguns poucos bilionários ficam ainda mais ricos.
Jeff Bezos, proprietário da Amazon, lucrou tanto em 2020 que poderia pagar um bônus único de US$ 105 mil para cada um dos seus 876 mil funcionários e ainda assim ser tão rico quanto era no início da pandemia.
Os 25 maiores bilionários do mundo aumentaram sua riqueza em US$ 255 bilhões nos três primeiros meses da pandemia de coronavírus.
Enquanto 13 milhões de brasileiros continuam sem emprego e 600 mil micros, pequenas e médias empresas fecharam as portas, os 42 bilionários do país aumentaram sua riqueza em US$ 34 bilhões.
As 32 empresas mais rentáveis do mundo conseguiram US$ 109 bilhões a mais em lucros durante a pandemia de covid-19 em 2020 do que a média obtida nos quatro anos anteriores (2016-2019).