A Oxfam Brasil está completando 9 anos de fundação e, nesse período, trabalhamos intensamente pela redução das imensas desigualdades que prejudicam a os direitos e a qualidade de vida de milhões de brasileiras e brasileiros.
Desde a inauguração do nosso escritório em São Paulo, em 2015, conseguimos pouco a pouco colocar o tema das desigualdades na agenda nacional. Lançamos inúmeros relatórios importantes e reveladores, promovemos debates, audiências públicas e seminários, fizemos pressão no Congresso Nacional por mais políticas públicas para quem mais precisa, e estivemos na linha de frente em parceria com diversas outras organizações da sociedade civil em defesa da democracia, dos direitos das mulheres e das populações negras, indígenas e quilombolas, por uma vida mais digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais e por um sistema tributário solidário, saudável e sustentável.
Conheça 9 conquistas que destacamos desde 2015!
Nosso primeiro relatório, A Distância que nos Une – Um Retrato das Desigualdades Brasileiras, foi lançado em 2017 reunindo dados e informações sobre a questão. À época, o tema das desigualdades ainda não era central nas discussões sociais, políticas e econômicas, e o nosso relatório contribuiu para inseri-lo ainda mais no debate público brasileiro. Um ano depois, em 2018, o relatório inspirou o tema da Bienal do Mercosul, realizada em Porto Alegre (RS).
A série Um Retrato das Desigualdades Brasileiras conta hoje com três relatórios, cada um abordando um aspecto das desigualdades do país.
Ainda em 2017, lançamos também nossa primeira pesquisa Nós e as Desigualdades, em parceria com o Instituto Datafolha, para analisar as percepções da sociedade sobre o tema. A pesquisa, que já teve quatro edições – a última em 2022 -, serve de base para nosso trabalho, pois oferece uma dimensão dos anseios da população brasileira em relação ao enfrentamento das desigualdades. Em abril de 2019, reunimos mais de 200 pessoas no teatro Tucarena, em São Paulo, para debater os resultados da segunda edição da pesquisa, com a participação de especialistas, acadêmicos e integrantes de organizações da sociedade civil e movimentos sociais.
Em junho de 2018, lançamos a campanha Supermercados, que revelou como as três maiores empresas do setor podem contribuir para minimizar as desigualdades no campo. A campanha reuniu mais de 150 mil assinaturas pedindo para que os supermercados atuem junto a fornecedores por mais dignidade a vida de quem planta e colhe nossos alimentos.
Nosso trabalho no enfrentamento das desigualdades também inspirou a produção de diversos filmes documentários, com destaque para o curta Uma Geografia das Desigualdades, de 2019, da diretora Day Rodrigues, em que a urbanista Joyce Berth discute a segregação que os espaços urbanos muitas vezes promovem. O curta foi selecionado para participar em 2022 da Mostra Brazilian Film Festival, em Miami.
Em meio à pandemia de Covid-19, em 2020, promovemos uma ação humanitária emergencial em quatro grandes cidades brasileiras – Recife, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro – doando alimentos e dinheiro para famílias em situação de pobreza e fome.
Durante todo o primeiro ano da pandemia promovemos debates em nosso canal no Youtube com especialistas e representantes de organizações da sociedade civil, para discutir os caminhos para enfrentar a crise sanitária e também econômica que impactou a vida de milhões de brasileiras e brasileiros.
Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, estivemos atentos e atuantes no enfrentamento às seguidas ameaças à democracia e à atuação das organizações da sociedade civil. Promovemos debates com candidatas negras e indígenas às eleições e participamos da campanha Brasil pela Democracia, em parceria com mais de 70 organizações da sociedade civil.
Em maio de 2021, realizamos o primeiro Festival Juventudes nas Cidades, em parceria com as organizações Criola, Inesc, Ibase, Fase e Instituto Pólis, reunindo centenas de jovens de todo o país. Foi um evento inspirador!
No início deste ano, com o novo governo eleito, lançamos a campanha 100 dias contra as desigualdades, com 10 ações prioritárias para combater as desigualdades no país – da representatividade de mulheres, pessoas negras e indígenas nos ministérios à necessária e urgente demarcação de terras indígenas e quilombolas pelo país.
Nosso trabalho ao longo desses nove anos não se resume a essas conquistas, fizemos muito mais, sempre com o fundamental apoio de nossas doadoras e doadores. E vamos continuar fazendo mais e mais, para que tenhamos um país mais justo e menos desigual o quanto antes!