Mais de 65 milhões de pessoas em todo o mundo estão oficialmente longe de seus lares devido a conflitos armados, violência e perseguição. É o número mais alto já contabilizado pelas Nações Unidas desde a Segunda Guerra Mundial.
Em 2016, mais de 360 mil migrantes, incluindo refugiados, chegaram à Europa pelo mar. Mais de 170 mil deles cruzaram o Mediterrâneo central, a rota mais perigosa do mundo, com cerca de 5 mil mortes ou desaparecimentos registrados naquele ano. A maioria viajou em barcos partindo da Líbia, Tunísia ou Egito, arriscando suas vidas em busca de segurança na Itália.
No entanto, a grande maioria das pessoas estão refugiadas em seu próprio país de origem, ou próximo a ele. Na Nigéria, o atual conflito com o Boko Haram forçou 1,8 milhão de pessoas a fugirem de suas casas em busca de segurança em outras partes do país. O Líbano, que tem uma população de 4,5 milhões de pessoas, está sofrendo para receber 1,2 milhão de refugiados sírios. O número cada vez maior deles está vivendo em péssimas condições nos campos de refugiados nas fronteiras com a Turquia e Jordânia.
Muitos dos imigrantes e refugiados que chegam à Europa enfrentam incertezas diárias e desafios práticos – da falta de informação básica ao crescente risco provocados pelo tráfico humano e migração clandestina.
O fechamento e as restrições nas fronteiras europeias pioraram consideravelmente a situação dessas pessoas e criaram uma grande crise humanitária. Mais de 60 mil pessoas estão estacionadas na Grécias e mais de 8 mil na Macedônia e Sérvia devido à implementação do acordo entre Turquia e União Europeia de março de 2016, e o fechamento da rota dos balcãs para a Europa.
Tendo feito uma perigosa viagem pelo Mediterrâneo, aqueles que chegam à Itália e a Grécia acreditam ter encontrado um santuário. Em vez disso, acabam vivendo em lugares lotados, sem comida e serviços básicos como atendimento médico, água e saneamento.
Nos países dos balcãs, essas pessoas são muitas vezes agredidas pela polícia, que ilegalmente os intimida para impedir seu acesso ao país.
Como a Oxfam atua
Na região entre o Líbano, Síria e Jordânia, ajudamos a mais de 2 milhões de pessoas, oferecendo itens básicos de higiene pessoal, água, saneamento básico, medicamentos, alimentos e roupas. Também oferecemos assistência legal e damos informações aos refugiados sobre seus direitos legais.
Na Grécia, Sérvia, Macedônia e Itália, damos assistência a cerca de 300 mil pessoas. Além dos itens básicos de higiene, alimentação e vestuário, também providenciamos assistência legal e apoio psicológico. Trabalhamos com organizações locais para assegurar que possam oferecer assistência adequada e proteção aos que imigrantes. Distribuímos alimentos, kits de higiene, roupas e outros ítens essenciais, e também ajudamos a instalar equipamentos que possam fornecer água e saneamento básico.
Começamos nossas operações na Grécia em outubro de 2015, na ilha de Lesbos, quando a situação humanitária das pessoas que chegavam irregularmente da Turquia piorou consideravelmente. Providenciamos água limpa, saneamento, comida e outros itens aos refugiados. Atualmente estamos atuando também em Atenas e na região de Epiro, no Noroeste da Grécia.