O surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC) completou um ano este mês e, apesar de alguns avanços na luta contra a doença, há preocupantes sinais de que ela possa sair de controle. A ameaça vem não só do vírus, que já matou quase 2 mil pessoas no país africano. Desta vez, o ebola ganha aliados mortais: conflitos armados, deslocamento de milhares de pessoas e as precárias condições de atendimento médico contribuem para criar uma mistura fatal no país.
Um novo caso notificado em Goma, maior cidade do leste da RDC, e casos recentes identificados no país vizinho Uganda, revelam o devastador potencial que a doença ainda tem na região.
A turbulência generalizada causada pelo aumento da violência e dos deslocamentos no país está dificultando os esforços para controlar o vírus. Conforme o ebola ganha aliados mortais, aumenta a crise humanitária no país. Em toda a RDC, quase 13 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária. Mas o país recebeu apenas um quarto do financiamento de emergência de que necessita até agora. Seriam necessários pelo menos mais US$ 1,2 bilhão para prover um atendimento adequado no país.
Na província de Ituri, centenas de milhares de pessoas estão vivendo em acampamentos improvisados e superlotados. Isso principalmente depois do aumento da violência na região, que provocou centenas de mortes. Mais pessoas chegam todos os dias aos acampamentos, e pelo menos 25 dos campos de refugiados dobraram de tamanho no último mês. A situação é terrível. Há pouca água limpa e saneamento disponível, resultando em condições altamente propícias para a disseminação de doenças como o ebola.
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