Na última quinta (23), a Corte Internacional de Justiça da ONU ordenou que o governo de Mianmar deve proteger a população rohingya do país, adotando medidas urgentes. A ação refere-se a uma onda de violência no país, que tem maioria budista, contra a minoria rohingya, muçulmana.
Em novembro do ano passado, Gâmbia foi recorreu ao tribunal acusando Mianmar de genocídio contra o povo rohingya. O caso ainda não foi inteiramente ouvido e pode levar anos até que tenha um parecer final. Ainda assim, a Oxfam considera que essa decisão um passo importante em direção à justiça e responsabilidade para o povo rohingya.
Mais de 100 mil em campos de refugiados
“Mais de 100 organizações da sociedade civil em Mianmar manifestaram seu apoio a este caso e outros processos de prestação de contas em andamento. Por isso estamos felizes por suas vozes terem sido ouvidas” declarou a diretora de campanhas humanitárias da Oxfam, Fionna Smyth.
“Os rohingyas, juntamente com muitos outros grupos étnicos em Mianmar, nos dizem que continuam enfrentando violência e abuso. Mais de 100 mil rohingyas permanecem confinados em campos de refugiados precários, onde não têm acesso a cuidados de saúde emergenciais ou educação formal” completou Smyth, reforçando que Mianmar deve proteger a população rohingya.
Portanto, a Oxfam acompanha a situação dos rohingyas desde 2017 quando começou a crise migratória, oferecendo cuidados emergenciais e de prevenção. Em 2019 a Oxfam inaugurou a maior usina de tratamento de resíduos sólidos já construída em um campo de refugiados em Cox’s Bazaar (Bangladesh), considerado o maior campo de refugiados do mundo.