A Oxfam Brasil saúda o alerta feito por Emmanuel Macron, presidente da França, para que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tome medidas firmes e imediatas para proteger a floresta amazônica. Mas alertas por si só não acabam com as queimadas.
Sim, o presidente brasileiro precisa mudar suas políticas que contribuem para o desmatamento. Mas os países do G7 – grupo dos 7 países mais ricos do mundo, entre eles a França – são historicamente responsáveis pela crise climática. Por isso, precisam também fazer a sua parte.
Responsabilidade do G7
Os países do G7 não estão fazendo o suficiente para cortar emissões de gases do efeito estufa. Nem para ajudar os países mais pobres a se adaptarem para as consequências da crise climática. Nessa briga, estamos do lado do clima e da Amazônia.
A situação ambiental no Brasil é crítica e as queimadas na Amazônia não são um fato isolado. As leis ambientais brasileiras e as instituições públicas do país responsáveis por sua implementação e fiscalização estão sob ameaças de uma visão de governo que prioriza os lucros econômicos. Isso sem se importar com as consequências para a população e os recursos naturais.
A quem interessa os ataques à Amazônia?
Desde o início de sua administração, o presidente brasileiro defende a ideia de que as políticas e agências ambientais, juntamente com as ONGs, estão atrasando o desenvolvimento do país. Ele tem sido bastante enfático em expressar como o setor produtivo deveria ser liberado para agir como achar melhor.
O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul foi assinado com base no compromisso do Brasil com os acordos climáticos internacionais e as políticas ambientais.
Os líderes do G7 já se comprometeram em reduzir emissões e ajudar os países mais pobres a se adaptarem. Não há mais tempo para discursos apenas. Eles precisam ser valentes e agir já! Enquanto isso, permaneceremos do lado do clima e da Amazônia.