Qual a percepção dos brasileiros e brasileiras sobre as desigualdades no Brasil? Como a sociedade do país entende as desigualdades de renda, de raça, de gênero e as regionais, especialmente em um ano tão difícil, triste e confuso como foi 2020, o ano em que a pandemia de covid-19 causou tantas mortes e tristeza nas famílias brasileiras? Nossa terceira pesquisa Nós e as Desigualdades, realizada em parceria com o Instituto Datafolha, responde a essas e outras questões.
Confira aqui as pesquisas anteriores.
Nosso objetivo com este relatório é contribuir para o debate público sobre a necessidade de reduzirmos as desigualdades no país. Conhecer o que a população brasileira tem a dizer sobre o assunto é fundamental.
A pesquisa foi realizada com 2.079 pessoas, em nível nacional, em 130 municípios de pequeno, médio e grande portes – incluindo metrópoles e cidades do interior. O período de aplicação das entrevistas foi de 7 a 15 de dezembro, sendo a última pesquisa presencial realizada em 2020, ano da pandemia. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Alguns dos principais resultados da pesquisa
84% concordam com o aumento dos impostos de pessoas mais ricas para financiar políticas sociais no Brasil.
56% concordam com o aumento dos impostos para todos no país para financiar políticas sociais.
86% afirma que o progresso no Brasil está condicionado à redução da desigualdade entre pobres e ricos.
67% concordam que o fato de ser mulher impacta negativamente na renda obtida.
78% dos entrevistados concordam que a Justiça é mais dura com negros.
76% acreditam que a cor da pele influencia a contratação por empresas no Brasil.
62% dos brasileiros acreditam que ter acesso à saúde é uma das três principais prioridades para uma vida melhor, juntamente com “estudar” e “fé religiosa”.
62% apoiam a manutenção, após a pandemia de covid-19, do auxílio emergencial para as pessoas que têm direito hoje.